quarta-feira, 25 de maio de 2011

O sombrio universo de “O Corvo”

Por David Vieira*

  Adaptado do HQ “The Crow”, de James O’ Barr, o filme “O Corvo”, de 1994, foi o primeiro grande filme dirigido por Alex Poyas, que posteriormente foi o responsável por clássicos como “Eu, Robô”, protagonizado por Will Smith, e “Cidade das Sombras’, no qual também compôs a história e o roteiro.
“O Corvo” é um filme um tanto quanto sombrio, mas envolvente. Conta a história do casal Eric Draven (Brandon Lee) e Shelly Webster (Sofia Shinas) que foram brutalmente assassinados, uma noite antes do casamento, pela gangue de T-Bird. Um ano depois Eric volta para vingar sua morte e de sua noiva, guiado por um corvo.
   A trilha sonora do filme é simplesmente insinuante. A cada passo, pensamento e lembrança do personagem a história fica mais sedutora sendo somada ao instrumental. O que também não deixa a desejar é o cenário gótico misturado com o som de “The Cure” e trechos de shows de rock. Mas não é apenas a trilha que tem o filme tem, de especial. Os diálogos e frases soltas em uma forma sucinta de mostrar que nada na vida é trivial complementam o clássico.
   O filme também é repleto de fatos curiosos e sombrios. Um deles é a morte do ator Brandon Lee (filho de Bruce Lee). A cena da morte do personagem Eric Draven seria realizada com munição de verdade, mas sem pólvora, pela curta distância do take. Para se proteger, o ator entrava na cena com uma sacola de supermercado (aquelas americanas, de papel) para reduzir o impacto e esconder a bolsa com sangue falso. Ao limpar a arma para retirar as cápsulas, o assistente do armeiro acabou por derrubar um dos projéteis no cano. Esse projétil foi disparado, provocando perfurações nos órgãos internos e partindo a coluna de Brandon, causando hemorragia interna. Nem a cirurgia de seis horas para retirada da bala conseguiu salva-lo.
   Conta-se que o arquivo da gravação com a morte do ator foi totalmente destruído e nunca revelado. Porém, há uma corrente de fanáticos pelo filme que garante que a cena foi aproveitada nas gravações, mas em um momento diferente. Houve também incêndios reais no set de filmagem. Contudo, é um clássico do cinema que deve ser apreciado para se entender a verdadeira mensagem do filme. Ótimo também como um conforto para as pessoas que perderam entes queridos.
   A ave negra continua guiando atormentados do mundo dos mortos em três sequências do filme O Corvo: A Cidade dos Anjos (1996); A Salvação (2000) e Vingança Maldita (2005).

*Produtor da banda de rock cearense “My Fair Lady”

Um comentário:

  1. o 1º filme é mt bom, o 2 até vai, o 3 nem vi, geral fala mal!
    ouvi dizer q vão fazer um reboot ou remake do 1º filme

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