quinta-feira, 19 de maio de 2011

Velozes e Furiosos – Operação Rio

 Fabiana Longo*

   O quinto filme da série “Fast & Furious” não faz jus aos anteriores, nem de longe. Criado em 2001 para conquistar os apaixonados por carros e velocidade, a fúria foi bem mais intensa que a velocidade na “Operação Rio”. As corridas não são mais o foco, a trupe de Dominic Toretto (Vin Diesel) entra na onda do “Onze Homens e Um Segredo” e vem ao Rio para cometer um assalto mirabolante (inclusive o título em inglês – Rio Heist – já revela isso).

   O filme começa exatamente onde o anterior parou: com o ex-agente do FBI Brian (Paul Walker) e a irmã de Toretto Mia (Jordana Brewster) concretizando a emboscada ao ônibus da penitenciária que transportava Don, para livrá-lo da cadeia. Esta primeira cena já é impossível de ser feita no plano da realidade, apenas com efeitos especiais – aliás, os efeitos especiais são a melhor razão para ver o filme. Com a emboscada bem sucedida, os irmãos Toretto e Brian vão parar no topo da lista de procurados pelo FBI. Decidem então se refugiar no Brasil, onde um dos personagens do primeiro filme, Vince (Matt Schulze), já está instalado e com mulher e filho na reconhecível favela da Rocinha.
Poucas cenas foram realmente gravadas no Rio, a maioria dos cenários foi encaixado por computação gráfica. Mas isso fica bem perceptível quando eles estão realizando o assalto em um deserto tipicamente americano, que desemboca na Rocinha, e em uma cena em que estão no alto de um prédio, onde à esquerda podemos observar a praia de Botafogo e à direita o teatro Municipal. A ponte Rio-Niterói também não tem nem a metade do tamanho da obra original. Outra coisa também infiel ao original é o personagem de Dominic, que nos enredos anteriores era um rebelde apaixonado por velocidade e um ladrão ocasionalmente. Já no começo do filme ele mostra um instinto assassino que ainda não havia aparecido em momentos tão despropositais e uma desconfiança que, até então, não mostrava prévias razões.
   Para caçar o trio na cidade maravilhosa, o FBI envia o agente casca- grossa Hobbs (Dwayne ‘The Rock’ Johnson), que já chega chamando toda a polícia carioca de corrupta e escolhendo sua parceira brasileira nessa operação pelo sorriso, a policial-tradutora-única-honesta-do-Rio Elena Neves (Elsa Pataky). No Rio, a equipe de Toretto já chega arrumando confusão com peixe grande: o empresário Hernan Reis (Joaquim de Almeida), que é responsável por um grande esquema de lavagem de dinheiro e leva a polícia em seu bolso.     A caçada então começa: os capangas de Reis e a equipe do FBI contra os velozes, mas acabam por trocar tiros uns com os outros, provocando enorme baixa em ambos os times e com Dom e companhia saindo ilesos.
As armas apareceram mais que os carros nessa continuação. Todos armados pelas favelas do Rio e também no local onde os “pegas” eram realizados (outro cenário carioca que eu não consegui reconhecer, me pareceu ser no Leblon, mas não foi muito fiel, se alguém souber onde era pode comentar). Pegas que, aliás, não apareceram. Quando Dom e Brian saem em busca de um carro veloz para realizar o assalto, nós espectadores pensamos: “oba! corridas”, mas é apenas um ledo engano. Logo o enredo volta ao QG da equipe. E uma grande equipe! Outra razão para assistir o filme. Para o trabalho, além dos quatro que já estão no Rio, Dom e Brian convocam ao Brasil os latinos Tego (Tego Calderon) e Rico (Don Omar), o comediante Tej (Ludacris), o “fantasma” Han (Sung Kang), a belíssima Gisele Harabo (Gal Gadot) e o nervosinho Roman Pearce (Tyrese Gibson). Aliás, a presença de Han, que morre no Desafio em Tóquio, terceiro filme da sequência, sugere que o filme se passa antes deste. Em um momento Han pergunta: “Ué, mas a gente não ia para Tóquio?” e recebe a resposta: “Calma, isso é depois”. 


   O trabalho que a equipe faz no Rio não vou revelar aqui, afinal, seriam “spoilers”, mas rende muitas cenas de ação, uma bela porradaria entre Vin Disel e The Rock, grandes efeitos especiais e um enredo divertido (apesar de sem sentido). A direção ficou por conta do americano-taiwanês Justin Lin, que dirigiu os três últimos filmes da sequencia. Ao estilo dos filmes de heróis da Marvel, o filme tem uma cena pós créditos, que já indica uma continuação. Então não saiam do cinema antes disso. 

*Jornalista

2 comentários:

  1. Bom, antes de fazer essa resenha eu havia pedido ao nosso amigo XeanX para fazer. Como ele demorou e os posts estavam atrasados em uma semana, eu mesma fiz. Hoje ele me mandou a resenha dele. Como ele é grande conhecedor da série e lembrou de um detalhe (que num é mero detalhe) que eu me esqueci (a trilha sonora). Segue a resenha dele:


    Quando o 1º Velozes e Furiosos estreou nos cinemas em 2001, foi sucesso imediato, o diretor Rob Cohen sabia o que fazia, o que fez fazerem uma continuação em 2003, que foi o + Velozes + Furiosos, até que era bom, mas o novo diretor John Singleton nem chegou perto do antecessor.
    Com a continuação não fazendo muito sucesso, não agradando igual o 1º cogitaram em encerrar a franquia.
    Até que em 2006 a Universal chamou o diretor Justin Lin para fazer uma tentativa arriscada para reerguer a franquia com um 3º filme, Velozes e Furiosos 3 – Desafio em Tokyo, que não tinha ninguém do elenco original dos 2 primeiros filmes.
    O 3º filme foi lançado e fez muito sucesso, daí veio Velozes e Furiosos 4 em 2009 com o elenco original e Lin na direção novamente. O 4º filme também fez muito sucesso, o que abriu as portas para o 5º filme.
    Com Justin Lin na direção novamente (pela 3ª vez seguida) e o elenco de quase todos os 4 filmes anteriores, Velozes e Furiosos 5 – Operação Rio começa a partir do final do 4 e é uma caçada humana que acaba no Brasil, especificamente na cidade do Rio de Janeiro.
    Diferente dos outros filmes, esse não tem muitas corridas de rachas pelas ruas, mas os carrões aparecem e belas mulheres também, além da trilha sonora muito boa que vai de Don Omar, MV Bill, Marcelo D2, entre outros.
    Esse filme está mais para Um Golpe de Mestre do que um Velozes e Furiosos mesmo, em que eles reúnem a equipe toda para dar o golpe no chefão meio “mafioso” que comanda o Rio.
    Embora o filme seja um dos melhores da franquia, tem alguns defeitos do tipo: o português falado é estranho, umas ruas pelo Rio que nem existem, os carros figurantes que não se vê pelas ruas da cidade, entre algumas coisas que não estragam totalmente o filme.
    Tem muitas cenas de ação, piadas entre eles mesmos fazendo menções há algo ocorrido em algum dos 4 filmes, The Rock botando moral na favela (uma cena muito boa é ele subindo a favela), entre outras também muito boas.
    Eu gostei muito do filme, vale a pena ir no cinema ver, porque pelo final terá o 6 em breve.
    PS: depois dos créditos finais tem uma cena que dá um ponta para o 6º filme.

    Xean é publicitário e fanfarrão

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  2. minha resenha saiu atrasada mais saiu! hehehe =D

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