terça-feira, 22 de maio de 2012

“Como Esquecer” - um filme sem preconceito

Em breve na nossa tela , "Como Esquecer" na Primeira Maratona do Cine Clube Foto, dia 29 de maio!!! Aguarde, e conheça mais do filme nessas linhas! 



O filme apresenta as diferentes maneiras que o ser humano consegue suportar (ou não) a rejeição/a perda de alguém do seu "par perfeito", pois um término amoroso nunca é fácil - para ambas as partes.



Júlia (Ana Paula Arósio) é a personagem principal na trama, não poderia ser diferente, pois logo após de uma separação (homo-afetiva) a mesma não consegue ficar mais sozinha sem pensar na ex-companheira - a ponto de não pensar em fazer besteiras com a própria vida social e pessoal.

A direção de Malu De Martino está de parabéns, pois ela conseguiu abordar o assunto da relação homo-afetiva com uma visão simplesmente adequada à história - sem precisar usar o homossexualismo como "algo de outro mundo".

Além do que os profissionais envolvidos em “Como Esquecer”, provaram saber trabalhar em equipe, já que o filme credita seis escritores e o texto se revela inteligente e bem desenvolvido.
É curioso acompanhar a luta e recusa simultâneas de Julia em querer virar a página, já que ela teme em apagar as melhores lembranças de sua vida, ao mesmo tempo em que está ciente de que esquecer o episódio é o primeiro passo para voltar a viver. Como reagir a esse dilema?

A complexidade da personagem encontrou na atriz Ana Paula Arósio sua intérprete ideal. Arósio encara um papel difícil e propõe um mergulho vertical na decadência emocional que a protagonista se encontra, surgindo muito convincente, ainda que os esforços da produção para deixá-la feia e acabada tenham sido frustrados, porque essa é uma tarefa quase impossível. O ator Murilo Rosa (Hugo), interpreta o estereótipo do amigo gay hedonista, mas também tem seus momentos, ao passo que Natália Lage (lisa) é só uma adição na casa para completar o trio de pessoas que choramingam pelos cantos a dor do amor efêmero.

É perceptível no filme a constante presença de filosofias de vida e um certo ar de puro intelectualismo (principalmente, por parte de Júlia), pois as personagens estão em uma busca constante/incessante pela felicidade...

Uma das partes mais emocionantes é quando  Júlia, Hugo e Lisa vão morar juntos num lugar bem afastado do caus urbano,  pois em consequência, acaba anexando todos os problemas de cada um em um único ambiente, imagine a complexidade desta relação a três.
Tem uma frase bem marcante que Júlia diz:
- O que seria o contrário do amor? Ódio? O que poderia ser?
Eis, uma pergunta bem intrigante e sagaz, pois é isso e muito mais que te espera no filme - Como Esquecer.


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