quarta-feira, 13 de abril de 2011

Um estranho no Ninho

One Flew Over the Cuckoo's Nest

*Igor Chiesse

Sem sombra de dúvida, um dos melhores filmes já feitos e realizados até hoje, no cinema mundial. Interpretações fantásticas “Sir Jack Nicholson” como protagonista, elenco bem sintetizado, enredo primoroso e direção - brilhante por sinal - do experiente Milos Forman, marcaram este filme adaptado de uma obra literária do nome “One Flew Over the Cuckoo's Nest" – escrito por Kesey como um dos melhores já produzidos. A história gira em torno do personagem Randle Patrick Mcmurphy, interpretado magistralmente por Jack Nicholson. Randle é um malandro nato, vive sobre a alcunha e personalidade de folgado, esperto e um homem de persuasão muito forte, voltadas para a vadiagem. Claro que estas “virtudes” acabaram fazendo com que ele se envolvesse em uma série de atos que o fizeram, por fim, ser preso e condenado. Até aí, parece um enredo bastante simples e comum, assim vamos dizer. Porém, com uma sagacidade e malandragem “intuitiva” de Randle Mcmurphy, que finge-se de louco para escapar dos trabalhos árduos que levaria na prisão e outras situações pesadas e penosas, e, aceita ser jogado em um hospital psiquiátrico em busca de tratamento de sua ”loucura”.  No começo, tudo é uma festa para Randle Mcmurphy. Ele instala um ar de zombaria dos tratamentos, dos pacientes “fazendo pouco caso”, até mais adiante, entender que aquilo seria de fato um local muito fácil para entrar e completamente difícil para sair. Vemos personagens como a enfermeira-chefe, Ratched (Louise Flectcher) que comanda todos os pacientes psiquiátricos em uma sintonia orquestral. E outro grande chefe, porém no sentindo indiano, Brondem ( Will Sampson ). Brondem é um Índio nativo gigante, mudo, inexpressivo que mais adiante, acaba tornando-se de fato uma figura-chave na vida de Randle Mcmurphy.  Ambos conseguem criar uma sintonia incrível. De fato, o índio e o malandro no filme apresentam estruturas muito diferentes e iguais ao mesmo tempo. Um era livre de pensamento e modos, enquanto o outro era reprimido e estático diante de tudo e todos. Porém, ambos buscam aquilo que dentro da clínica psiquiátrica era praticamente escasso e raro: a felicidade.
No filme, não são mostradas doenças psiquiátricas a fundo. O que é mais mostrado é a divergência entre os métodos e modos de tratamento dos médicos e enfermeiros com os pacientes. Caso houvesse algum problema com algum interno, eles eram submetidos a uma série de choques elétricos, que culminavam em uma espécie de “cérebro-morto”. Este tratamento por choques deixava os pacientes em um estágio completamente inerte. Eles andavam e vagavam sem sentido e direção.
Um Estranho no Ninho  com todo o seu mérito está classificado entre os 100 melhores filmes já produzidos e realizados. Realmente imperdível para os amantes da sétima arte e daqueles que procuram filmes com conteúdos e ideais a passar. Não é à toa que o filme é tão cultuado pelo mundo todo. Foi vencedor do Oscar de 1976 nas categorias de melhor filme, melhor ator ( Jack Nicholson ), melhor atriz ( Louise Fletcher ) e melhor roteiro adaptado. Além de ter vencido praticamente todos os prêmios do globo de ouro de 76, com todos os méritos e aplausos intermináveis, desta obra-prima do cinema mundial tão cultuada entre leigos e admiradores do mundo cinematográfico.  Vale a pena conferir!

Um Estranho no Ninho (One Flew Over the Cuckoo’s Nest). EUA. 1975. Direção: Milos Forman. Roteiro: Bo Goldman. Elenco: Jack Nicholson, Louise Fletcher, Will Sampson, Brad Dourif, Danny DeVito, Christopher Lloyd, Vicent Schiavelli. Gênero: Drama. Duração: 133 minutos.
*Publicitário, cartunista e escritor

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